28 de agosto de 2017. Acabo de chegar em casa e vejo no jornal que o desemprego não está dando trégua e segue aumentando a cada dia. Daí, automaticamente, me vem à memória, uma matéria que li há pouco tempo no Brasil Econômico, que diz que o empreendedorismo teve crescimento de 20% em abertura de empresas. Neste caso, qualquer semelhança não é mera coincidência (como vemos nos letterings da novelas), e sim reflexo da economia. Como a “roda” precisa girar, tem muita gente optando por abrir seu próprio negócio como saída para superar a crise.
Acho muito válido buscar alternativas, afinal, além de SOBREVIVER, todos nós temos que VIVER Como empreendedora por opção, gostaria de dividir algumas verdade e mitos que aprendi sobre o assunto desde que deixei de ser celitista para estudar no Vale do Silício:
VERDADES
– Não existe empreendedorismo sem comprometimento e muita determinação; são 10% de inspiração de 90% de transpiração, é mão na massa mesmo.
– Ser empreendedor é assumir riscos, assumir a responsabilidade pelas suas decisões (muitas vezes sozinha, que é o meu caso), sempre com muita ponderação antes da tomada de decisão.
– Ser empreendedor é não se prender às definições de sucesso da maneira frívola usada pela grande maioria; Fiquemos com o bom dicionário Aurélio, que define sucesso como “Êxito, bom resultado”! Não fique criando expectativas relacionadas à fama e aos milhões que seu negócio podem te trazer, assim, você estará no lucro quando as coisas acontecerem!
MITOS
– Vou trabalhar muito menos que antes: Ahhh, mas não vai mesmo, especialmente nos 5 primeiros anos. De acordo com o IBGE, cada dez empresas, seis fecham antes de completar 5 anos. Então, como dizia um ex-chefe meu é “pau na máquina”, deixar de enrolar e trabalhar.
– “Não vou montar um negócio porque não tenho dinheiro”: isto vai depender muito do tipo de negócio, mas, adianto, não tem tantos recursos para começar tem lá suas vantagens, você pode ser inovador e encontrar soluções mais baratas, afinal, este tem sido o mantra desta década. É a inovação que faz seu negócio se diferenciar.
-Esta é minha última chance: se você, assim como eu, sabe o dia que chegou neste planeta, mas não sabe a data da sua partida, não considere que esta seja a sua última chance. Entenda de uma vez por todas que a culpa não é sua, estamos todos atravessando um momento caótico, em que o país está exposto ao mundo por causa da corrupção e tenta caminhar rumo a dias melhores. Apenas assuma a responsabilidade por sair do lugar, busque alternativas.
Caso a sua opção seja Empreender, saiba que dá um medo danado no começo, mas com uma boa reestruturação de mentalidade, afinal, até enfrentar a recente crise, o Brasil não era um país de empreendedores, portanto, ainda estamos nos adaptando a novos hábitos e costumes. E lembre-se: “Se você está atravessando o inferno, bem, continue atravessando” (Winston Churchill).
Mais artigos como este na minha página http://www.villarealcomunicacao.com.br/Rosângela Villa-Real é Jornalista e Empreendedora, com mais de 20 anos de experiência em Comunicação & Marketing. Passou por grandes corporações do mercado e estudou no Vale do Silício antes de fundar sua própria empresa, especializada em planejamento estratégico de comunicação e clima organizacional. É idealizadora do grupo Colegiada de Mulheres Empreendedoras, voltado para fomentação do empreendedorismo entre mulheres de todo Brasil.
Empreendedorismo: dá medo, mas não mata!
