A cérebre frase de Carl Jung cai como uma luva para os dias modernos, em que a tecnologia e a falta de contato pessoal parecem ser o que há de mais cool no momento.
“Conheça todas as teorias, domine todas as técnicas, mas ao tocar uma alma humana, seja apenas outra alma humana”,
Ontem, conversando com duas clientes, uma em reunião presencial e outra por conference, ambas me falavam que estão muito satisfeitas com o trabalho que estamos fazendo de reposicionamento de marca e, que através dele, estão conseguindo revisitar sonhos antigos e produzir, bem como negociar, com muito mais confiança. Se por um lado, feedback ruim é bom para nos fazer pensar, por outro, quando a devolutiva é boa e se tem maturidade para administrar o ego, trata-se de um presente inspirador.
E é aí justamente que a frase de Jung se encaixa. Em plena era da busca pelo sucesso, das celebridades instantâneas, da quantidade de likes sobrepondo a qualidade dos posts e da modernidade líquida, efêmera e irreal de Bauman, o caminho é simples: seja apenas o melhor que você puder ser, domine sua vaidade, sua ira, seus desejos e nunca se esqueça de que somos todos humanos (ao menos por enquanto).
Não deixe o poder subir à sua cabeça, a quantidade de diplomas, certificados, idiomas…tudo isto é válido sim, claro, afinal tratam-se de provas efetivas de nossa dedicação, empenho, batalha, mas não nos tornam melhores que ninguém. Tenho uma lógica muito simples para isto
‘se eu não me sinto superior a ninguém, também não tenho porque me sentir inferior’.
Faz sentido para você? pois para mim faz e é tão fácil falar quanto fazer. Quer ver só? experimente substituir a pena que você sente por alguém por generosidade, entenda como você pode ajudar… às vezes não tem como mesmo, mas ao menos você tentou ao invés de ficar ali sofrendo junto com a pessoa; para mim solidariedade é arregaçar as mangas e ajudar. Outra dica: tente trocar 5 minutos de palavras por 10 minutos apenas ouvindo, já pensou quantas pessoas estão precisando só serem escutadas naquele momento? não, elas não querem sua opinião ou ouvir você falar que estão no caminho certo ou errado, elas só precisam desabafar, pois, muitas vezes, o que precisam para analisar a situação melhor e não se desesperarem é simplesmente ouvir sua próprias vozes.
Eu realmente espero que surfemos nesta onda de humanismo neste e nos próximos anos e que cada vez mais sejamos inspirados por profissionais como Jung, que se destacava em tudo o que fazia, mas que não perdeu a sensibilidade com o ser humano. Como foi com ele que comecei este post, será ele que terminarei:
“Quem olha para fora sonha, quem olha para dentro desperta”.
Rô Villa-Real é mentora e Consultora de Comunicação & Cultura Organizacional. Premiada entre as 10 Melhores Comunicações do país(Você SA).
