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Conversando com um amigo que também é da área de comunicação e marketing ele elogiava a empresa para a qual está trabalhando:
Olha Rô, eu tô gostando muito de lá , tenho liberdade para criar, a liderança é próxima, os processos bem desenhados e, mesmo estando há 40 anos no mercado, a cia tem uma enorme capacidade de inovação. Nosso desafio é constante, precisamos estar antenados.
De fato, hoje as coisas acontecem muito rapidamente, o que você achava que era inovador ontem e destacava seu serviço/produto ou até você mesmo no mercado, outro competidor já copiou. E lá vai você em busca de novo diferencial… mas tem uma coisa que seus concorrentes não podem copiar: sua gente, seu modo de agir, seu propósito… resumindo, a cultura interna de sua empresa.
E este tem sido o diferencial de grandes players nos últimos anos. Empresas admiradas e respeitadas pelos clientes, como o Facebook e a Amazon, por exemplo, fundaram seus negócios sob uma comunicação e propósitos claros e bem estruturados. São empresas que ficam na mente do consumidor justamente por trazerem novas propostas de valor para o mercado e terem seus colaboradores como principais embaixadores de suas marcas.
Analisemos aqui a Missão da Amazon “Ser a Empresa Mais Centrada no Cliente da Terra”.
Ousada, não? Mas é legítima, uma vez que um dos maiores problemas enfrentados pelas empresas em fase de crescimento/expansão são seus processos internos, que na maioria das vezes as levam a trabalhar estritamente para si mesmas e não para os clientes. Logo, para que o objetivo-chave não se perdesse, a Amazon resolveu escrever isto nas paredes e, nas atitudes de seu dia-a-dia. Por lá, o cliente é tratado como um amigo e quem, assim como eu, já comprou com eles, sabe que é a mais pura verdade.
Como não poderia deixar de ser, comunicação e cultura também fazem parte da maior rede social do planeta. No ano passado, o Facebook anunciou sua nova missão:
“Dar às pessoas o poder de criar comunidades e aproximar o mundo”.
Mark Zuckerberg entendeu que “somente” conectar as pessoas on-line, que era a missão anterior, já não era mais o suficiente.
Fato é que as melhores empresas sabem ajustar sua estratégia ao seu propósito. Trata-se de um equilíbrio, quer ver só? se por um lado, as estratégias visam resultados específicos e têm prazo para serem efetivadas, por outro, o seu propósito te torna relevante para o mundo, especialmente quanto mais envolver conexões humanas.
Mas não basta desenhar o seu propósito, é preciso monitorá-lo, o mantendo sempre ativo na organização. Faz sentido? deixe seu comentário e, caso você queira trocar uma ideia sobre o assunto de forma prática e objetiva, estou à disposição para um café. É só me chamar.
Rosângela Villa-Real – Mentora e Consultora de Comunicação & Cultura Organizacional. Premiada como uma das 10 Melhores Comunicações do país pela Revista Você SA. Mais artigos no site http://www.villarealcomunicacao.com.br/